sexta-feira, 18 de maio de 2012

Rayman Origins

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Rayman Origins é o que se poderia chamar de game “multivirtuoso”. Por um lado, a Ubisoft conseguiu um titulo de beleza única, fruto do excelente trabalho realizado com as ferramentas UbiArt. Por outro, trouxe um dos modos cooperativos mais divertidos da atual geração — permitindo ficar tenso, gritar, xingar e dar risada em estados que se alternam em frações de segundo. E, finalmente, trata-se de uma belo serviço/homenagem aos anos dourados da ação em plataforma — período em que foram forjados alguns dos maiores ícones da atualidade.

Dessa forma, parece bem pouco surpreendente o saltitar entre plataformas que se seguiu após o lançamento original de Origins. Quer dizer, por que tornar restrito algo de qualidade quase inquestionável e que, provavelmente, combinaria com qualquer sistema (desconsiderando-se, talvez, as plataformas móveis mais casuais)?
Portanto, após aportar no Xbox 360, no PlayStation 3 e no Wii, seguiram-se também o Vita e o PC... E agora é chegada a vez do Nintendo 3DS. O portátil da Nintendo pretende levar, no próximo dia 5 de junho, a Clareira dos Sonhos (Glade of Dreams) para ambientes genuinamente tridimensionais — enquanto tenta manter o cerne lúdico e divertido trazido pelas plataformas primárias do game.
As impressões: um título incrivelmente belo, mas com a mesma limitação (um tanto inexplicável) que se fez presente na versão para o PlayStation Vita. Vamos aos detalhes.
Glade of Dreams 3D
Assim como nas primeiras versões do game, a beleza estonteante dos cenários é a primeira coisa que salta à vista. Isso porque a Clareira dos Sonhos transmite uma impressão única — mesmo com o decréscimo óbvio em relação às versões HD (alta definição) do game.
Através de uma profusão de cores aparentemente caótica, um enorme organismo parece se revelar, com elementos pulsantes e uma temática bastante consistente — sempre orbitando em torno de deliberações artísticas constantes. Bem, e o que dizer quando tudo isso ganha a beleza de efeitos estereoscópicos? O resultado é uma intensificação óbvia do caleidoscópio lisérgico de Origins.
Ao deslizar o controlador 3D do aparelho (diretamente para o ponto máximo), os belos cenários do game ganham camadas, tornando a imersão ainda maior. Em cenários no interior de cavernas, haverá um paredão entre você e o herói, Electoons desfilam em profundidade e uma série de elementos visuais transforma a realidade bela e orgânica em algo quase mais “real”, com materialidade.
Três fases, três jogabilidades   
A demonstração liberada para o 3DS não é exatamente extensa, mas certamente é suficiente para que se possa vislumbrar qual será, mais ou menos, o jogo que deve ocupar as telas do console no mês que vem. Trata-se apenas de três fases relativamente curtas, cada qual demonstrando um dos tipos mais definidos de jogabilidade em Origins.
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  • Swinging Caves
Swinging Caves traz um exemplo típico das fases principais de Rayman Origins. É só deslizar o botão ativador do efeito tridimensional e sair correndo e saltando. De fato, a despeito de questões estéticas (confira o tópico anterior), a jogabilidade aqui é precisamente a mesma das plataformas originais do game, e também no Vita. Trata-se de saltar sobre plataformas minúsculas, coletar Electoons e descobrir passagens secretas.
  • Playing in the Shade
Eis uma das atípicas fases de correria de Origins. Aqui você partirá no encalço de uma criatura misteriosa, atravessando rapidamente (não pare para pensar!) despenhadeiros e superfícies espinhosas e aterrissando em plataformas minúsculas. Sem dúvida, é o que de mais old school se pode encontrar em Rayman — e agora com efeitos tridimensionais.
  • Shooting Me Softly
Trata-se de um exemplo das fases aéreas de Origins, as quais trazem Rayman sobre um enorme mosquito. Novamente, a mesma jogabilidade, embora cheia de detalhes que saltam da tela e conferem mais vida ao voo lisérgico.
Sem multiplayer
Assim como o port para o PlayStation Vita, a versão para 3DS de Rayman Origins é incrivelmente fiel aos seus “irmão maiores”, tanto em questão de gráficos como de jogabilidade. Entretanto, é inegável que a exclusão de um modo multiplayer cooperativo acaba extirpando grande parte da diversão do game. Quer dizer, assim como ocorreu no novo portátil da Sony, o 3DS também trará apenas uma viagem solitária à Clareira dos Sonhos.
Img_normalMas, mesmo com alguns “cortes”, Rayman ainda deve se manter como uma das melhores opções de ação para o 3DS em muitos anos — igualando-se, em termos, ao excelente Super Mario 3D Land. Resta agora esperar pelo dia 5 de junho.

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